BOLETINS METEOROLÓGICOS

PREVISÃO CLIMÁTICA TRIMESTRAL PARA SANTA CATARINA

23/08/2016 14:21

Precipitação

Na primavera de 2016 a chuva estará na média ou acima da média no Oeste, Meio Oeste e Planalto catarinense enquanto no Litoral do Estado os totais de chuva podem variar entre na média e abaixo da média. A chuva tente a ser mais frequente, com menos períodos de estiagem, persistindo a condição de episódios isolados de chuva significativa que podem superar o total esperado para o mês.

Destaque: Eventos de chuva intensa, em curto espaço de tempo, podem ocorrer em qualquer época do ano. Por isso, ressalta-se a importância doacompanhamentodiáriodaprevisãodotempo.

Climatologia (o que se espera para época do ano):

Em setembro e outubro começa o período de chuva de primavera com totais mensais de precipitação são mais elevados. Em setembro os totais esperados variam de 160 a 200 mm no Oeste, Meio Oeste e Planalto. A maior precipitação do trimestre normalmente ocorre no mês de outubro, com totais acumulados entre 240 a 280 mm no Oeste e entre 180 e 200mm no Meio-Oeste e Planalto. Em novembro a precipitação varia entre 170 e 180 mm no Oeste enquanto as demais regiões não passam de 160mm. No Vale do Itajaí e Litoral catarinense a média de precipitação varia entre 150 e 160 mm nos meses de setembro, outubro e novembro. Ressalta-se que neste ano os totais de chuva no Oeste, Meio Oeste e Planalto podem superar estes valores, devido à configuração do fenômeno La Niña Central a partir de outubro.

Durante a primavera pancadas de chuva forte, com temporais e queda de granizo, são mais frequentes devido à passagem de frentes frias e principalmente aos Complexos Convectivos de Mesoescala, nuvens com grande extensão vertical e horizontal que atuam especialmente no Oeste e Meio Oeste. Em setembro e outubro continua frequente o deslocamento de ciclones extratropicais pelo litoral Sul do Brasil, ocasionando ventos fortes e persistentes, com mar agitado que muitas vezes resulta em ressaca com perigo para a navegação e a pesca em embarcações de pequeno e médio porte.

Outra caraterística do trimestre são os nevoeiros associados à nebulosidade baixa, com redução de visibilidade.

Temperatura

O trimestre será de temperatura próxima à média climática na maior parte de SC. Nos meses de outubro e primeira quinzena de novembro as temperaturas tendem a ficar ligeiramente abaixo do normal no Planalto e Litoral. As massas de ar frio devem chegar ao Sul do Brasil causando declínio na temperatura e geada isolada nas áreas altas de SC, em setembro, e o frio tardio ainda deve ocorrer em outubro e na primeira quinzena de novembro. Episódios de neve ainda podem ocorrer em setembro.

Em especial em setembro e outubro a atuação de massas de ar seco e frio favorecem dias com maior amplitude térmica diária (diferença entre a temperatura máxima e temperatura mínima do dia), madrugadas com temperatura baixa seguidas de temperaturas máximas elevadas e muito agradáveis.

TemperaturadaSuperfíciedoMar(TSM):


No mês de julho de 2016 a região do Pacífico Equatorial apresentou anomalias negativas de TSM (Temperatura da Superfície do Mar) de - 0,5 a -1,0°C (Figura 1), porém nas primeiras semanas de agosto a TSM negativa se concentrou na área central do Pacífico (Figura 2) mantendo a condição de neutralidade no Oceano Pacífico Equatorial em julho e agosto. A partir de outubro os modelos climáticos, com a continuação da TSM negativa, apontam para a configuração e uma La Niña Central, quando a TSM mais baixa se concentra na área central do Pacífico (áreas do El Niño 3 e 4).

 

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Figura 1 - Anomalia da TSM nosoceanosAtlânticoePacifico,em julho de2016.

 

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Figura 2 - Anomalia da TSM nooceano Atlântico e Pacificoentre 14 e 20/08/2016.

 

Fonte: EPAGRI/CIRAM

Elaboração do boletim: Marilene de Lima (Meteorologista)

Autor: Elaboração do boletim: Marilene de Lima (Meteorologista)
Fonte: EPAGRI/CIRAM

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